segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

PAPA DOS NÚMEROS


Não foi o ano que o torcedor carioca esperava, mas a rigor poderia ter sido pior, se Botafogo e Fluminense caíssem para a segunda divisão. De maio até a semana passada, o matemático Tristão Garcia teve vários 15 minutos de fama, chegou a afirmar categoricamente que com absoluta certeza cairia um carioca, e foi no momento em que o Fluminense tinha o percentual de 98% de probabilidade de queda. Como diria Karol Wojtyla, o eterno Papa João Paulo II, “se Deus é brasileiro, o Papa é carioca”. A torcida tricolor cantou várias vezes “A benção João de Deus”, grito imortalizado nas arquibancadas do Maracanã, e o milagre aconteceu, quando ninguém mais acreditava, só o treinador Cuca e os seus comandados. O mesmo matemático chegou a colocar a taça de campeão brasileiro na capital paulista, dando a entender que Palmeiras e São Paulo disputariam o título até a última rodada, com uma remota possibilidade para o Internacional. O Flamengo teve 1% de chances, depois 4%, e o matemático julgando-se generoso chegou a dar 12%. Mas, empurrado pela mais fanática torcida do mundo, o Flamengo deu uma arrancada histórica para o hexacampeonato, devolvendo o orgulho e a auto-estima do futebol carioca, que volta a ter um campeão nacional e representante na Libertadores da América.

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